Recursos Naturais

Fonte: pt.wikipedia.org
 
Seu clima é basicamente semi-árido, e temperatura média anual de 22,6°C. O período da chuva se dá entre os meses de setembro a março. Seu relevo caracteriza-se pela presença do Pediplano Sertanejo, das superfícies dos Gerais e do Planalto do Espinhaço. É um clima muito quente e seco.
 
A vegetação que predomina atualmente devido ao desmatamento é do tipo rasteira, onde se destacam os terrenos de capoeira, apresentando uma grande fertilidade para o cultivo de algodão, feijão, mandioca, milho etc, sendo um grande problema do município o elevado desmatamento e erosão que tira a fertilidade dos solos. A vegetação original, bastante degradada, era composta por Floresta Estacional Decidual, que era uma mistura de espécies da caatinga com árvores de mata tropical, sendo nas áreas mais ferteis uma mata fechada com grandes árvores, ja nas áreas de maior altitude, denominadas serras, que apresentam solo mais pobre em nutrientes, há a ocorrência de vegetação do tipo cerrado. O tipo de solo, como o podzólico vermelho-amarelo distrófico, planossolo solódico Eutrófico, etc. encontrado na região, proporciona condições regulares para o cultivo de lavouras, silviculturas e para pastagem natural.
 
Como potencial hidrográfico tem o Rio Carnaíba de Dentro, as pricipais represas são a de Ceraíma e a barragem do Poço do magro, represas de Mutãs (Lagoa d'água, Taboinha, Lagoa da Espera) e de Morrinhos, e muitos poços perfurados e nascentes de águas como se verificam na Serra das Mutãs. Não devemos esquecer que a bacia hidrográfica do São Francisco banha a região.
 Fonte: blogdolatinha.blogspot.com
 
Quanto ao seu aspecto demográfico, não difere dos demais centros urbanos da Bahia, onde se verifica um crescimento notável da população urbana, enquanto apresenta um decrescimento da população rural. No geral a atual população de Guanambi apresenta uma estimativa de mais de 90 mil habitantes
 
Na região localizada às margens da barragem do Poço do Magro, os moradores das propriedades rurais vêm ao longo dos anos procurando manter uma relação harmoniosa com o meio ambiente principalmente com a vegetação. Porém a necessidade pela utilização da madeira, quer seja como paus para cercas, nas instalações rurais nas moradias ou até como lenha e carvão, faz com que a cada ano ocorra a diminuição tanto da mata ciliar como também do restante da vegetação. Por outro lado observamos também uma utilização racional por parte destes mesmos moradores rurais. Segundo Drumond et al (2000) “Em termos forrageiros, a caatinga mostra-se bastante rica e diversificada” e “A produção total de fitomassa da folhagem das espécies lenhosas e da parte aérea das herbáceas na caatinga atinge, em média, 4.000 kg/ha, constituindo se em forragem para caprinos, ovinos, bovinos e muares.”
A caatinga naquela região vem sendo utilizada para criação de animais, onde os criadores após promoverem o desmate e implantação das pastagens, acabam deixando algumas árvores para que os animais possam repousar em sua sombra, muitas vezes servindo até mesmo de alimento, como é o caso da algaroba (Prosoppis juliflora D.C.) citada por Manera
e Nunes (2001), como sendo uma árvore que poderá contribuir muito para o melhoramento da pecuária nordeste brasileiro, devido às suas características de produção sem grandes exigências de solo e água (chuva).
Outra forma de utilização da vegetação pela população rural na região de Guanambi, é quanto a exploração econômica por parte de alguns raizeiros, os quais comercializam nas feiras livres, mercados e calçadas destas cidades, as folhas, cascas e raízes das plantas que comumente nascem e crescem ao longo das margens da barragem do Poço do Magro. Entre as espécies exploradas, observamos em visitas de campo a aroeira (adstringente), o pau-ferro (antiasmática e anticéptica), angico (adstringente), o juazeiro (estomacal) e também o pau d’arco.
De forma mais tímida, porém também presente observamos a utilização de algumas plantas frutíferas, características da caatinga ocorrendo nos trechos onde deveria existir a mata ciliar do Riacho do Poço do Magro pela população rural. Os frutos segundo os moradores são utilizados para alimentação e principalmente para comercialização nos mercados de Guanambi, Candiba, Pindai e outras cidades situadas na mesma região. Como exemplo podemos citar o umbuzeiro (Spondias tuberosa - Anacardiaceae), o jatobá (Hymenaea spp -Caesalpinaceae), o juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart. - Rhamnaceae), murici (Byrsonima spp. - Malpighiaceae) e também o Licuri, (Syagrus coronata – Arecaceae).
A aroeira e umbuzeiro foram proibidas pela legislação florestal de serem usadas como fonte de energia, a fim de evitar a sua extinção na região. Os moradores das propriedades situadas às margens da baragem do Poço do Magro possuem uma relação de certa forma intima com o riacho, os quais aprenderam ao longo do tempo em que residem ali, a respeitá-lo de modo a retirar dele e de sua depauperada mata ciliar o que lhes é necessário, quer seja na forma da madeira para ser utilizada das diversas formas, do fruto das árvores que devido às suas características de plantas da caatinga só produzem uma vez no ano, da água utilizada de forma limitada principalmente pelo fato do mesmo ser intermitente e permanecer seco a maior parte do ano em grande parte de sua extensão ou até mesmo para se refrescarem nas suas águas no período das chuvas.
 
 

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